segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Entrevista com Ricardo Tacuchian

Como esquecer deste professor. Ele um dia, com um trompete na mão, disse, olhando pra mim: "Você aí vai tocar este trompete." Olhei para o instrumento, achei interessante porque era feito de metal, tinha três válvulas, era bem sonoro, caso eu soubesse produzir seus sons (rsrsr). Estava meio fosco. Poderia deixá-lo brilhando se passasse um produto chamado "Brasso". Iria ser o mais brilhante instrumento da banda do Ginásio Industrial José do Patrocínio. Fui com ele para casa com a missão de ler e tocar a partitura de uma música denominada "Jornada Escolar" e, a partir daí, meus vizinhos tiveram que conviver com um aprendiz de trompetista. 
O tempo foi passando, os acontecimentos de minha vida foram se sucedendo rapidamente e, de repente, Curitiba - PR., onde vivo e sou feliz. Aqui tenho a chance de me fazer perguntas na esperança de obter as respostas. Uma delas foi obtida por uma consulta ao Dr. Google. Escrevi no campo de busca o nome de meu antigo professor de música, Ricardo Tacuchian. Qual não foi minha surpresa quando vi as inúmeras referências daquele que um dia acreditou que eu poderia "dominar" um trompete! Fiz-lhe uma surpresa: produzi e enviei-lhe um arquivo de áudio pela internet contendo a "Jornada Escolar". Percebi que ele ficou bem feliz de saber que um ex-aluno guardou as notas musicais de uma música produzida a quarenta anos atrás. Tratei de localizá-lo e, ao viajar para o Rio de Janeiro, fui ao seu encontro para uma pequena prosa em sua residência. Lá estava ele, um pouco diferente por conta do tempo passado mas era ele com toda a tranquilidade de sempre. Conversamos um pouco sobre as coisas do passado. 
Hoje, fazendo novas buscas, o vejo sábio e feliz, em uma entrevista realizada na Academia Brasileira de Música, em 2014. Lá está ele, o inventor do "Sistema T", falando sobre as dificuldades encontradas para implantar o estudo de violão clássico no Brasil. 
Nesse momento paro e penso: "Minha música é um estado de espírito, não é algo que eu entenda como acústico." Ouço música em meu interior. Ela é feita de elementos matemáticos que me trazem harmonia. Percebo que, para um professor de matemática, muito existe de música quando se estuda a série de Fourier ou quando se programa um sintetizador. Então fico muito grato aquele que um dia acreditou na minha maneira "um pouco estranha" de tocar um trompete, utilizando um software sintetizador para lembrar do feliz passado de estudante ginasial. Obrigado também a Humberto Amorim por realizar esta entrevista necessária ao Brasil. Todos deveriam conhecer melhor aqueles que formam a excelência de nossa gente. Ricardo Tacuchian é um desses.




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Uma Casa Integral para Um Homem Integral

É assim a casa onde James Stewart, matemático e músico canadense, viveu seus últimos anos. infelizmente nos deixou em 3 de dezembro de em 2014. Viveu nela desde 2009.  A visão dessa construção nos remete à beleza e a harmonia que devem reinar na alma de um violinista matemático. Que sua alma, agora, esteja em perfeita sintonia com a vontade do Criador!