Então estava eu lá vendo aquele filme que Marcelo Torrone tinha indicado. Koyaanisqatsi era diferente de tudo o que eu já tinha visto porque era um filme onde só existia a intrigante trilha sonora de Philip Glass com imagens incrivelmente belas de Ron Fricke escolhidas pelo diretor Godfrey Reggio. Então era um momento pessoal importante pois estava ali uma obra de arte que também era um documentário necessário. Pensei: comprarei este filme e, depois de assitir quantas vezes quiser, guardarei em minha estante na esperança de que em algum dia de algum século posterior, "arqueólogos extraterrestres" percebam minha personalidade registrada na pequena coleção de símbolos delatores.
Assim refleti sobre as imagens e os sons de Koyaanisqatsi. Depois de ver todos "os elementos" água, terra, fogo e ar sendo processados e modificados segundo a vontade do homem e, depois de perceber a infantilidade das ações humanas, percebi que somos milhões de crianças de difícil aprendizado. Olhei aquela cápsula espacial (última cena do filme) em queda livre carregando seus astronautas mortos. Pensei na dor de seus familiares que assistiam a tudo em segurança, na terra. Depois pensei na bestilalidade de nossos pensamentos mais sofisticados. Pensei em Isaac Newton, Leibnitz, Einstein e Da Vinci. Pensei na tragédia humana sobre a terra. Por fim resolvi dar crédito a tradução do título do filme. Koyaanisqatsi, da língua dos índios da tribo hopi (tribo localizada no Arizona - E.U.A.) significa "vida sem equilíbrio". Resolvi pesquisar e veja o que encontrei no link:
Também o Youtube está repleto de informações sobre o filme:
Não gosto de tirar conclusões mas vejo muita preguiça na humanidade para aprender com seus próprios erros.
Como é duro contemplar a própria infância !
